terça-feira, 30 de outubro de 2012

Desculpas


É simples aconselhar e compartilhar um ânimo que infelizmente já não tenho; dizer pra todos seguirem em frente e esquecer todas as escolhas erradas que fizeram ao longo do caminho. É fácil usar frases feitas de esperança e fé, enquanto luto desesperadamente para realizar cada sonho, vibrando a cada pequena – e muitas vezes deprimente – conquista.

Estou esgotada! Enxergo como uma miragem ao longe a minha vitória. No entanto, são tantos tropeços que impedem de concretizar. De certo modo, aprendo com cada tombo, mas eles machucam tanto! Porém, me agarro na certeza que as cicatrizes me lembraram que valeu a pena.

Cansei de procurar desculpas esfarrapadas para mim mesma, mas acima de tudo, cansei de acreditar nas minhas próprias mentiras travestidas de verdades. E me recuso a colocar a culpa do que estou vivendo atualmente em uma infância triste ou nas dificuldades da vida adulta.

Assumo que me deixei levar pelo prazer que a comida me traz. Assim como um viciado, que mesmo diante da morte, ainda sente o fissura pela droga. Cada final de semana tem sido um verdadeiro inferno, quando me coloco diante da minha maior – porém necessária – INIMIGA; e a cada início de semana, sinto-me em uma prova de obstáculos para eliminar míseros gramas.  

Em minha mente confusa sinto apenas a vontade de desistir de todos os meus projetos, e me aceitar da forma que estou. Entretanto, estou seguindo mesmo sem vontade, por pura teimosia!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Amiga da balança: 6ª pesagem



Semana extremamente cansativa e desorganizada. Estou exaurida! Aos trancos e barrancos eliminei 0,6 Kg.

Nunca pensei que me sentiria feliz em pesar 79,9 quilos. Antes eu tinha pavor desse número na balança, no entanto, hoje é meu motivo de orgulho!


Sou grata a Deus por mais uma semana de realizações. Que venha um final de semana bem light em todos os sentidos!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Jogos mortais

Senti-me fazendo parte dos “Jogos Mortais”, na situação mais assustadora: COMPRAS. E o pior, assim como no filme, eu estava sendo torturada por meus maiores medos!

Fui para a casa do meu namorado e acabei ficando para dormir. Como eu não havia levado a minha mala, fui ao shopping comprar roupas íntimas, um pijama e uma troca de roupa para o dia seguinte. Eu tinha consciência de que não seria fácil, mas a busca foi quase infindável!

Entramos e saímos de SEIS lojas, e – pasmem – nada serviu! Visitei tantos provadores e revirei tantas araras que estava quase desistindo e passando dois dias seguidos com a mesma roupa. Então, resolvi entrar a Hering – que sempre me salva nos momentos de tensão. E comprei duas batinhas de verão.

Mesmo voltando com as roupas que precisava, eu me senti péssima. Cancelei o jantar no shopping e passei o resto da noite emburrada. Confesso que a ideia de desistir da dieta passou centenas de vezes pela minha cabeça – em questão de segundos.

Os sentimentos se misturaram completamente. E acabei colocando meu namorado contra a parede. Eu estava me sentindo tão desinteressante que cheguei a perguntar a ele porque me escolheu. E disse com todas as palavras que ele deveria ter escolhido uma namorada menos complicada, isto é, MAGRA. Uma namorada que pudesse fazê-lo feliz sem traumas.

Coitado! Ele não tinha culpa da minha crise, afinal nunca me cobrou. Ele me ama pelo que eu sou. E na hora de dormir, eu coloquei todas as lágrimas contidas pra fora, e contei tudo que estava sentindo. Chorei tanto contando meus traumas, que até ele não se conteve. Ganhei palavras lindas, colo, mimo e muitos beijos. Realmente me senti desejada, e acima de tudo, amada. No entanto, a dor de não ser quem eu gostaria ainda está latente. 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sinto-os, mas não os vejo!



Onde estão os resultados do meu primeiro mês de reeducação alimentar? É o que eu mais anseio saber.

Os dígitos da balança estão caindo, e apesar de estar com alguns quilos a menos, o espelho insiste em dizer que nada mudou!

Na verdade, certas coisas mudaram visivelmente, ganhei de presente a tão temida FLACIDEZ, que realçou minhas estrias e celulites de estimação! Traduzindo: shorts, saia curta e praia nem pensar!  

Tirando esse assustador presente de grego, tenho sentido as minhas roupas menos sufocantes. Mas, fico deprimida quando percebo que a barriguinha está a todo vapor, firme e forte! Ou melhor, totalmente flácida, porém muito segura que seu lugar é, de fato, no meu corpo até o fim dos tempos!

Concordo que sou fascinada por um bom drama, e tenho consciência que UM mísero mês não iria mudar meu corpo por completo. No entanto, eu esperava mais, queria mais, enfim, EU TENHO FOME DE MAGREZA!  

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ruim com elas, MELHOR sem elas?!



Quem ama a cunhada levanta a mão! – Posso levantar só um dedo?

Tenho duas cunhadas, e Deus sabe o carinho imenso que tenho por elas! Entretanto, como nada é perfeito, às vezes eu recebo algumas alfinetadas sutis – por parte de uma delas – por conta do meu peso, e sinto-me muito inferior.

Minha cunhada mais velha tem a personalidade forte, no entanto, tem um coração enorme e é uma das pessoas mais generosas que já conheci. Ela também está acima do peso, então temos muito assunto e lamentações em comum.

Já sua querida irmã mais nova é do tipo de mulher que para o transito, pois tem um corpo lindo. Foi graças a ela que conheci meu namorado. Entretanto, desde que a relacionamento ficou sério, nos distanciamos muito. Não sei se ela tem algum tipo de ciúmes encubado pelo irmão, mas ela sempre arruma um jeito de insinuar que a minha dieta não está dando certo.

Prefiro acreditar que ela me magoa sem se dar conta da gravidade da situação da minha auto-estima. Porém, quase sempre penso que ela faz de propósito! Sábado em um ato de total generosidade ela quis me presentear com duas calças da época que estava acima do peso. E fez o seguinte comentário: “Lógico que elas vão servir em você. São calças da época que eu estava feia, bem gorda! Lembra?”.

Sentiram o veneno? Eu senti! E foi tão amargo que me rendeu lágrimas durante a madrugada. Depois do episódio não me senti bem para aceitar as calças, desconversei quando ela tentou tocar no assustador assunto e depois me fiz de morta. Melhor do que mandá-la vestir as calças e ir para o INFERNO, não é mesmo?!

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Recado para as leitoras: Sou extremamente grata a Deus por todo apoio que vem de vocês! Cada palavra me motiva a ir além. Torço intensamente para que as nossas vitórias estejam próximas, e acima de tudo, para que elas sejam constantes.